Latinx

 Nota: Não confundir com Latinos, nem com Latinidade.
Placa na Marcha das Mulheres de Março, em Washington com o vocábulo "latinx". O letreiro diz: "direitos das mulheres, das pessoas LGBTQIA, imigrantes, negras, latinas, muçulmanas e das com deficiência são direitos humanos".[1]

Latinx, latine e latin@[2][3][4] são neologismos gênero-neutro para se referir a pessoas de identidade étnica ou cultural latino-americana nos Estados Unidos, portanto, uma identidade de grupo usada exclusivamente na América do Norte.

O termo foi visto pela primeira vez online por volta de 2004. Ele tem sido usado nas mídias sociais por ativistas, estudantes e acadêmicos que procuram advogar por indivíduos que se desvencilham da binariedade de gênero. O termo tornou-se difundido nas universidades dos EUA em 2014.

Nos anos 2000, a categoria social dos latinos foi analisada de uma de três maneiras: etnorracial, como grupo étnico cultural ou como histórico familiar.[5][6] A abordagem étnico-racial é contextual, destacando as análises de que os latinos vêm de uma variedade de raças diferentes e de diferentes partes da América Latina, que abrangem todas as categorias raciais padrão dos EUA. Essa é a abordagem adotada por Linda Martín Alcoff. O significado de latinx em um contexto étnico-racial específico depende da região em que se encontra e da proveniência da população — de um ou de outro país ou grupo de países da América Latina — cubanos, mexicanos e assim por diante. Devido a essa variabilidade e complexidade, Alcoff se refere aos latinos como etnorraça, pois, dependendo do contexto, os latinos funcionam algumas vezes como um grupo étnico e outras como um grupo racial.[5]

As reações ao termo foram variadas. Os apoiadores dizem que isso gera maior aceitação entre latinos de gênero não binário. Apoiadores e detratores apontam o imperialismo linguístico como uma razão para apoiar ou opor-se, respectivamente, ao uso do termo. Críticos dizem que o termo não é gramatical e respeitoso para com a língua espanhola. Uma pesquisa de 2019 pesquisa revelou que 98% dos estadunidenses latinos e hispânicos preferem outros termos.[7] Outra pesquisa do ‎‎Pew Research Center‎‎ em 2020 constatou que 23% dos adultos estadunidenses que se identificaram como hispânicos ou latinos/latinas estavam cientes do termo ‎‎latinx‎‎, e que desses, 65% disseram que não deveria ser usado para descrever seu grupo racial ou étnico.[8]

  1. Arredondo, Patricia (14 de setembro de 2018). Latinx Immigrants: Transcending Acculturation and Xenophobia (em inglês). [S.l.]: Springer 
  2. «This Comic Breaks Down Latinx vs. Latine for Those Who Want to Be Gender-Inclusive». Remezcla (em inglês). 24 de outubro de 2019. Consultado em 29 de junho de 2020 
  3. «Latino/a vs. Latinx vs. Latine: Which Word Best Solves Spanish's Gender Problem?». LATINA (em inglês). Consultado em 29 de junho de 2020 
  4. Vargas, Manuel (2018). "Latinx Philosophy". In Zalta, Edward N. (ed.). Stanford Encyclopedia of Philosophy (Winter 2018 ed.). Metaphysics Research Lab, Stanford University. ISSN 1095-5054. OCLC 643092515.
  5. a b Vargas 2018, 1.1 Group Identity.
  6. Pellot, Emerald (25 de outubro de 2019). «This Comic Proves That The Great Debate On The Word 'Latinx' Rages On». we are mitú — business and entertainment, culture and sport, movies and music. Consultado em 29 de junho de 2020 
  7. McWhorter, John (23 de dezembro de 2019). «Why Latinx Can't Catch On». The Atlantic (em inglês). Consultado em 27 de maio de 2020 
  8. NW, 1615 L. St; Suite 800Washington; Inquiries, DC 20036USA202-419-4300 | Main202-857-8562 | Fax202-419-4372 | Media (11 de agosto de 2020). «Latinx Used by Just 3% of U.S. Hispanics. About One-in-Four Have Heard of It.». Pew Research Center's Hispanic Trends Project (em inglês). Consultado em 22 de maio de 2021 

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